terça-feira, 15 de março de 2011

Pérfido.

Eu te entrego a última folha do meu livro corroído de idéias mórbidas; enquanto aquele velho quadro em que minha foto se ausenta por sua besteiras, desaparece como poeira suja. Joguei as cartas desse jogo bobo fora, por onde pessoas não podem entrar. Não pergunte o porque disso, como se nao fosse um jogo imbecil, que eu ao menos sei como pude apostar minhas fichas. Não falo mais de rosas. E o que voce gostaria? Que eu ainda falasse das rosas? Mas a noite acabou antes de você me cobrir com seu beijo fosco. Por isso aceite a decisão do meu tempo.  Então ao menos me mostre teu sorriso dissolvido em nada! Como eu pude apostar um dia em anjos correndo atrás de asas? Infelizmente o que eu tenho querido, você nunca vai ter um dia. Rodeado por seus próprios fantasmas, agora ainda mais distorcidos. Pisando em facas afiadas, enquanto se ausenta, como se adiantasse se acomodar. Então acomode-se. Mas acomode-se bastante, para que eu rasgue as tuas cartas de apostas perdidas.

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